domingo, 30 de novembro de 2008
Isadora
Isadora Duncan, nome artístico de Dora Angela Duncanon (São Francisco, 27 de maio de 1877 — Nice, 14 de setembro de 1927) foi uma bailarina dos Estados Unidos da América. Precursora da dança moderna, em sua proposta de instaurar uma dança completamente diferente do balé clássico, procurou inspiração em movimentos da natureza- ventos, palmeiras- e em poses e atitudes encontradas em cerâmicas e esculturas da Grécia Antiga. Propôs uma dança livre de espartilhos, meias e sapatilhas de ponta, apresentando-se em coreografias-solo descalça e vestida de túnicas de seda. Utilizou, em seus trabalhos, músicas consideradas não apropriadas para dança, como peças de Chopin e Wagner, que na época eram executadas apenas para serem ouvidas.
Sua carreira foi desenvolvida principalmente na Europa no início do século XX. Obteve imenso sucesso, sobretudo pela novidade e pelo caráter universal de sua dança.
Isadora morreu tragicamente, quando seu echarpe ficou preso nas rodas de um carro conversível, alguns meses depois do lançamento da sua autobiografia Minha Vida.
Adeus, amigos! Vou para a glória.,dissera, ao entrar no carro.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Isadora_Duncan
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Morte a Coré! Vida longa a Persephone !
Nos braços de Persephone
um cadáver,
eu
Coré
a inocência.
A terra se abre
em fenda.
Um novo convite.
Hecate novamente me guia,
é hora da descida.
Sacrifique a inocência ,ela diz,
a noite aguarda,
os mortos também.
Já não ouso a voz da Terra,
minha mãe.
É hora de descer,
o encontro é inevitável.
Porque tememos nosso escuro?
a noite escura da alma.
Devemos enterrar nossos mortos,
eu penso.
Devemos enterrar nossos mortos.
A inocência será sacrificada.
Sacro Ofício...
um cadáver,
eu
Coré
a inocência.
A terra se abre
em fenda.
Um novo convite.
Hecate novamente me guia,
é hora da descida.
Sacrifique a inocência ,ela diz,
a noite aguarda,
os mortos também.
Já não ouso a voz da Terra,
minha mãe.
É hora de descer,
o encontro é inevitável.
Porque tememos nosso escuro?
a noite escura da alma.
Devemos enterrar nossos mortos,
eu penso.
Devemos enterrar nossos mortos.
A inocência será sacrificada.
Sacro Ofício...
Louise
Louise Brooks foi, sem dúvida, uma atriz à frente de seu tempo. Dona de uma beleza incomum, também era dotada de uma personalidade fortíssima, e uma vontade determinada.
Mary Louise Brooks teve uma carreira breve em Hollywood, tendo participado de 24 filmes entre os anos 1925 a 1938. Sua imagem e atitudes permanecem, no entanto, como símbolos de uma época, e uma de suas características mais lembradas será sempre o corte de cabelo liso e curto, que lançou moda e tornou-se um ícone dos anos 20. Se apenas um filme pudesse ser selecionado para lembrar seu trabalho, este não seria nenhum dos produzidos em Hollywood, mas sim A Caixa de Pandora, rodado na Alemanha e considerado um clássico. Nesta produção de 110 minutos de duração, disponível em vídeo, Louise interpreta Lulu, uma mulher sedutora, que hipnotiza e destrói todos os homens que se aproximam dela. Há quem diga que sua tumultuada vida amorosa, teria lhe servido de inspiração para a personagem, pois de fato Louise teve muitos romances, sendo o mais famoso com Charles Chaplin.
Em 1955, na exposição 60 Anos de Cinema realizada no Museu de Arte Moderna em Paris, foi colocado na entrada do prédio, em grande destaque, um imenso pôster de Louise. Perguntado porque havia escolhido Louise para aquela posição de honra, no lugar de Greta Garbo ou Marlene Dietrich, atrizes bem mais populares, o diretor da Cinemateque Française, Henri Langlois, fez a declaração que se tornaria eterna: "Não existe Garbo. Não existe Dietrich. Existe apenas Louise Brooks".
Louise nasceu em Kansas, Estados Unidos, em 14 de novembro de 1906. Aos 4 anos de idade já estava no palco de sua cidade. Aos 15 decide ir sozinha para New York, e une-se à Denishaw Dance Company, principal companhia de dança moderna americana. Em 1923 faz diversas apresentações nos Estados Unidos e Canadá, sempre com muito sucesso. Em 1925 une-se ao legendário grupo Ziegfeld Follies, onde conquista posição de destaque, e faz seu primeiro filme The Street of Forgotten Men. Assina a seguir um contrato de 5 anos com a Paramount Pictures e em 1927 muda-se para Hollywood, onde participa de diversas produções. Em 1928, após o produtor B.P.Schulberg lhe negar um aumento, Louise deixa a Paramount e embarca rumo à Alemanha a convite do diretor G.W.Pabst para filmar A Caixa de Pandora.
Em 1948 começa a escrever sua biografia, que ela mesma destrói ao terminar, seis anos após. Frustrada, ela justificaria dizendo que " Ao Escrever a história de uma vida acho que o leitor não pode entender a personalidade e os feitos de uma pessoa, a menos que sejam explicados os amores, ódios, e conflitos sexuais dessa pessoa. Não estou disposta a escrever a verdade sexual que tornaria minha vida digna de ser lida." Apesar disso, daí para a frente dedica-se quase que exclusivamente à literatura, sendo que seu livro Lulu in Hollywood torna-se um best seller. Com poucos amigos, Louise tem uma vida reclusa, falecendo no dia 8 de agosto de 1985, aos 87 anos de idade
Fonte:http://lb.viagensimagens.com/inicio.htm
Sangue e Volúpia
No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frêmito vibrante de ansiedade,
Dou-te meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade…
A nuvem que arrastou o vento norte…
- Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço…
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!
E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças…
Florbela Espanca
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frêmito vibrante de ansiedade,
Dou-te meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade…
A nuvem que arrastou o vento norte…
- Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço…
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!
E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças…
Florbela Espanca
A Senhora
Menina, Mulher e Anciã, não pertencia a lugar algum, e porque deveria pertencer. Só ele, o Lobo sabia seu nome, pois estava lá, a primeira vez em que foi sussurrado, dando-lhe vida, dando-lhe forma. Os outros conheciam-na apenas como a Senhora do Castelo. Eram irmãos, ela e o Lobo, companheiros de alma, mas pensavam ser seu lacaio. Tolos, nada sabiam. A Senhora e o Lobo riam, riam de suas certezas insanas...
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